O Erro do Investidor

O Erro do Investidor
Na foto Lucas Leal, sócio na RGC Invest.

Ao ficar observando os constantes movimentos de alta e baixa da bolsa, é muito comum os investidores iniciantes acreditarem que encontraram um padrão e, com isso, irão conseguir antecipar o momento certo de realizar a próxima compra ou venda. Como se existisse uma fórmula mágica de antecipar o futuro! E esse é um grande erro do investidor novato.

Os investidores profissionais e os mais experientes já conseguem perceber a dinâmica do mercado de uma forma mais clara, entendendo a aleatoriedade dos movimentos de curto prazo dos preços, tornando-se, praticamente impossível fazer antecipações com precisão superior a 70% (1) . Contudo, os novatos, encantados com os primeiros acertos gerados por cenários de forte alta, como estamos vivendo desde abril de 2020, se sentem cada mais fortes e confiantes que irão encontrar a fórmula mágica para os ganhos extraordinários de curto prazo. E, neste cenário, é que encontramos o principal erro do investidor principiante.

Por um lado, podemos afirmar que tem algo certo nessa sensação. O mercado realmente é um local de geração de riqueza, mas para que isso aconteça e se materialize é preciso um elemento fundamental, o tempo, o famoso longo prazo.

Como não cometer o principal erro do investidor novato

A economia passa por ciclos de recessão, estabilidade e crescimento. Nos ciclos de crescimento, as ações experimentam um movimento de alta de preços como reflexo de uma expectativa positiva sobre o desempenho da economia e também pela elevação dos resultados das empresas listadas, que serão refletidos no valor das ações.

De 2002 até 2008, o exemplo mais recente onde a bolsa viveu uma forte expansão, com valorização superior a 70%, se diferencia do recorte dos últimos 12 anos, quando a sequência de crises fez com que e a economia encolhesse e os preços andassem de lado. Nesse período o índice de valorização das ações na bolsa, o IBOVESPA, subiu 46%, percentual bem inferior aos 208% do CDI no mesmo período, uma aplicação segura e de alta liquidez.

O ano de 2021 está prestes a começar e as projeções estão muito positivas, com o possível controle da pandemia. Há indícios de que podemos estar a caminho de um novo ciclo de crescimento. Para aproveitar bem esse momento, o investidor precisará se despir do uniforme de especulador com foco no curto prazo, se libertar da vontade de escolher o momento certo da virada dos preços (tanto para baixo, como para cima) e adotar a postura do investidor de longo prazo, cujo foco é montar uma carteira adequada a seu perfil , fazendo o balanceamento da mesma sempre que os fortes movimentos de volatilidade trouxerem oportunidades.

Balancear a carteira é dividir, adequadamente, o portfólio entre RF e RV e agir sempre que o mercado oscilar, adequando ativamente a distribuição dos recursos investidos para que a carteira mantenha-se sempre balanceada e aderente a cada perfil, com a menor exposição ao risco possível.

Por: Lucas Leal e Ricardo Vasques

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